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[RESENHA] O Guardião de Memórias | www.mcarolina.com.br
Por Maria Carolina
07/04/2020

[RESENHA] O Guardião de Memórias – Kim Edwards

Ler mais foi, definitivamente, uma das coisas que coloquei como metas neste 2020. Para você entender, não sei nem dizer quantos livros inteiros li no ano passado. Assim como disse no post anterior, me desafiar é uma das coisas que estou fazendo esse ano. Existe desafio melhor do que ler um livro por mês? Este mês, março, li o livro “O Guardião de Memórias” da autora Kim Edwards. Já aviso que poderão existir spoilers, como toda boa resenha.

[RESENHA] O Guardião de Memórias - Kim Edwards | www.mcarolina.com.br

Fazia algum tempo que esse livro estava parado aqui, desde quando ganhei de presente de uma amiga. Era como se quisesse ler, mas não conseguia. Talvez fosse o número de páginas que desmotivavam, até porque qualquer livro grande não me atraia. Até que, resolvi dar uma oportunidade para ele.

3 milhões de exemplares + 1 filme

O livro ficou em primeiro lugar na lista de mais vendidos do New York Times, com mais de três milhões de exemplares vendidos. Depois, foi adaptado para um telefilme da Lifetime Television, que quero ter muito a oportunidade de ver.

Informações:

Nome: O Guardião de Memórias – Kim Edwards

Tradução de: The Memory Keeper’s Daughter

Editora: Arqueiro

Ano: 2007

Número de páginas: 319 – edição popular (361 páginas – edição original)

Sinopse: Inverno de 1964. Uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos gêmeos. O menino, primeiro a nascer, é perfeitamente saudável, mas o médico logo reconhece na menina sinais da síndrome de Down. Guiado por um impulso irrefreável e por dolorosas lembranças do passado, Dr. Henry toma uma decisão que mudará para sempre a vida de todos e o assombrará até a morte: ele pede que sua enfermeira, Caroline, entregue a criança para adoção e diz à esposa que a menina não sobreviveu. Tocada pela fragilidade do bebê, Caroline decide sair da cidade e criar Phoebe como sua própria filha. E Norah, a mãe, jamais consegue se recuperar do imenso vazio causado pela ausência da menina.

A partir daí, uma intrincada trama de segredos, mentiras e traições se desenrola, abrindo feridas que nem o tempo será capaz de curar. A força deste livro não está apenas em sua construção bem amarrada ou no realismo de seus personagens, mas, principalmente, na sua capacidade de envolver o leitor da primeira à última página. Com uma trama tensa e cheia de surpresas, O guardião de memórias vai emocionar e mostrar o profundo – e às vezes irreversível – poder de nossas escolhas.

Primeiras impressões

A princípio, acreditava ser um livro cansativo, sentia a leitura muito arrastada. Acabou sendo em muitos momentos. Mais duas outras coisas que não me agradaram nele, foram os excessos de descrições – que em muitos momentos, nos causava distração pelo que realmente estava acontecendo – e os saltos temporais bruscos – que me trouxe os sentimentos de perder detalhes. Mas esse pensamento foi mudando ao longo do livro.

Entendendo a história

Durante minha leitura, tentava entender o lado de cada um. Não tomei partido, porque compreendi que ninguém estava certo em suas atitudes até o final do livro. David tinha errado em “dar” a filha e esconder esse segredo de sua família; Caroline, apaixonada, acreditou na ideia de David e prolongou o segredo até onde não podia mais; ao mesmo tempo, Norah, que já havia ser traída por causa do segredo, traiu o marido tentando repor o amor que já não existia entre eles. Definitivamente os mais prejudicados nessa história, foram dos dois irmãos. Eles cresceram afastados, sem a sua outra metade, sentindo o vazio que nunca realmente foi compreendido até o encontro.

Muitas vezes pensei que se o ato de Caroline havia sido por coragem ou por amor que sentia por David, fazendo Phoebe ser um pedaço do seu amado. Depois de ver o quanto ela batalhou, por educação ou saúde, percebi que ela realmente amava Phoebe. Por outro lado, gostei do crescimento de personagens como Caroline e Al, que antes era apenas um mero coadjuvante, mas que acabou sendo o pai que Phoebe merecia e a base que Caroline tanto precisava.

A tão esperada revelação

A história se desenvolveu tanto, que o ápice de tudo, a revelação acabou sendo pressionada no final, criando uma certa correria perto do fim do livro. E veio de uma forma que eu não esperava e/ou não queria. A morte de David acabou me frustrando, porque, na verdade, ele nunca acabou contando para a família.

Mas após a revelação tudo compensou. Ver Caroline, indo na cara e na coragem, mesmo que depois de anos, me surpreendeu. Gostei de ver como Phoebe e Paul se uniram, finalmente se tornando irmãos aqueceu meu coração.

Senti vontade de continuar a história mesmo depois da última página. Depois do misto de emoções, o livro se tornou uma boa leitura.

Nota: 3,5

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