Não, você não está vendo um post repetido. Eu tive a mesma sensação enquanto estava escrevendo. A verdade é que é um tema que eu gosto de repetir muitas vezes, assim como posts sobre auto estima. Já falei sobre isso algumas vezes, aqui e aqui e até já mandei um “recado” para mim mesma. Hoje vou te ensinar como superar todos os seus “problemas”: “Aprendendo a se amar”.
Falo muitas vezes porque é algo que eu quero que seja lembrado tanto por mim, quanto por vocês. Sim, eu já sofri com problemas de auto estima. Sempre, principalmente nos meus 12-14 anos, vivia com o estigma de ser mais alta e magra. É absurdo para alguém que deveria ter como preocupações: crescer, tarefas de escola e amigos.
Dava muito valor para a opinião dos outros, sobre o que o outro ia falar sobre qualquer coisa que eu fizesse. Cheguei ao ponto de ter medo de ser diferente, por medo das críticas. Odiava ser o centro das atenções. Quando era chamada na frente da sala? Nem gosto de lembrar! Tinha medo de falar alguma coisa errada, tropeçar, esquecer e sempre pensava que alguém estava falando sobre mim.
Passei muito tempo odiando meu corpo e meu rosto. Por muito tempo tive vergonha de usar regatas, por conta do braço gordinho e por causa das estrias que eu tive (e ainda tenho), depois de um tempo, percebi que é algo natural, aparentemente pode ser feio, mas todo mundo já teve, ainda tem ou vai ter algum dia.
A camiseta menor
Lembro de um episódio, onde eu estava até com a auto estima boa, comecei a academia e não via problema nenhum. Tudo foi por água abaixo quando minha turma resolveu fazer a camiseta da sala. Eu sabia que o tamanho que eu havia pedido não era o que servia em mim, mas eu não queria ser a diferente, aquela que pediria um número maior. O que aconteceu? A camiseta até entrou, mas ficou horrível em mim. Ficava péssima toda vez que eu tentava usar e nas poucas vezes que eu usava, tinha outra peça junto para não ficar tão “estranho”.
O mais engraçado é que eu ainda tenho ela, 3 ou 4 anos depois. Após ter perdido alguns quilos, vesti a mesma camiseta e hoje ela fica extremamente folgada em mim. Agora eu deixo ela guardada como uma lembrança. De que nunca mais iria vestir algo menor para ser como todo mundo.
O rosto “errado”
Assim como eu disse anteriormente, odiava meu rosto. A menor espinha que aparecia já me irritava e fazia os complexos aparecessem: “Porque meu nariz não é menor?” ou “Porque minha boca é tão grande?”. Depois de um tempo, deixei de me preocupar. O mais maluco da história é que a partir do momento em que eu parei de me preocupar, os problemas que eu tinha no rosto diminuíram e alguns até desapareceram.
Aprendendo a se amar: Eu aprendi
Comia e me odiava depois, acreditando que iria engordar. Hoje não passo vontade nenhuma. Não tenho medo de comer coisas que eu normalmente não como, não passo vontade. Não vou engordar muito por isso e se engordar, eu recupero. Faço academia para isso, não para ficar super magra, para ficar bem comigo mesma, para poder comer sem passar vontade. Mas também tenho controle, se eu exagero de um lado, controlo do outro. Simples assim.
Graças a Deus eu consegui superar essa “fase”, não gostava do meu rosto, do meu corpo, das minhas atitudes e até do meu jeito de falar. E pensando bem, não tem porque esse ódio todo. Hoje penso mais no próximo, em pessoas que passam por situações piores e continuam vivendo tranquilamente.
Não estou doente, tenho minhas pernas e meus braços. Posso ver, ouvir, cheirar e sentir. Não estou dizendo que você deve esquecer dos seus problemas porque tem alguém sofrendo mais ou com um problema pior. Você não pode surtar por coisas pequenas, relaxa e aproveita a vida. Porque existem problemas e também existem soluções. Ainda bem!